quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Uma pausa...

Olá meninas,

Como estamos indo no "combate" ao vaginismo??? Eu confesso que estou em baixa, sério. Tenho feito apenas exercícios de relaxamento corporal, deixando de lado os exercícios de introdução (introduzir alguma coisa...rs). Tudo isso porque tenho me dedicado mais aos estudos, e é por isso que vim hoje pedir uma pausa de um mês ou mais, sei lá.
É o seguinte: estou fazendo duas pós-graduações, ambas, com uma porrada de atividades para fazer; estudando muito para concurso, mês que vem tenho duas provas. Por essas e outras, não tenho tido tempo (ou não estou sabendo administrar) para avançar nos exercícios, consequentemente, não tenho assunto para atualizar o blog.
Então meninas, vou dar um tempinho por aqui, prometendo voltar em meados de setembro. Agradeço a todos os e-mails que recebo diariamente, podem continuar mandando-os, que continuarei respondendo-os ok?
Abraços e torço por todas...sempre.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A história da Anônima

Meninas, não sei se vcs leram os comentários no post "A história da Milena" , mas uma anônima contou sua interessante história, ela possui vaginismo secundário, nos mostrando mais uma vez, o quanto o emocional nos comanda e que não é suficiente apenas os exercícios físicos, mas o mental. Isso, é claro, serve pra mim também.
Anônima, achei por bem, reservar esse espaço e contar sua história. Coloco-me à sua disposição no que eu puder ajudar e saiba que, desde já, torço por vc, pela restauração do seu casamento, pela sua vida sexual plena. Não esqueça, caso tenha condições, de procurar ajuda de um especialista, tenho certeza que dessa vez o vaginismo não irá frustar sua história de amor.

Passei 12 anos em um relacionamento sem penetração em pelo menos 10 desses anos. Não entendia o que estava acontecendo. Éramos muito jovens. Sentia-me inferiorizada, estranha, anormal e levava isso como um grande segredo na minha vida. Era bem difícil falar sobre isso. Até as médicas não entendiam direito, mandavam fazer posições novas, total falta de preparo. Como poderia fazer posições novas se não aguentava qualquer tipo de penetração? No início meu namorado era bastante compreensivo. Depois de alguns anos começou a achar que eu tinha outra pessoa e depois falava que por eu sempre recusá-lo ele não iria me procurar mais para sexo. Passei muitos anos desconfiando que ele me traía, pois realmente sexo não existia entre nós. Procurava lembrar quando as coisas começaram a mudar, pois perdi a virgindade com ele e no início, era normal. Lembro de uma noite maravilhosa que tivemos, nada doía, parecia uma orquestra bem regida total sincronia e tranquilidade dos movimentos.
Acredito que algumas histórias mal contadas e fatos estranhos desencadearam esse comportamento em mim. Passei a não confiar nele e a rejeitá-lo mesmo que muitas vezes inconscientemente. A desconfiança de traições só piorou o quadro. As vezes ele nem participava do ato da minha excitação e mesmo assim eu sentia dores. Sentia dores até em ver uma cena mais picante num filme. Praticamente qualquer coisa que me excitasse, causava-me dor. Quando finalmente terminamos esse martírio de relacionamento, fiquei curiosa se sentiria isso com outras pessoas. Na verdade, já pensava nisso antes de terminarmos.
Quando comecei a sair com outros rapazes, tinha medo do problema ser realmente meu. No início, sentia dor e não tinha penetração, mas minha confiança e auto estima foram aumentando. Não foi uma coisa rápida, mas em 1 ano já conseguia ter umas tímidas relações, nada muito cinematográfico, mas o suficiente para achar que tinha solução. Já estava muito feliz com isso.
Quando conheci meu marido, senti um pouco de medo, como sempre. Acho que sempre teremos medo de na hora acontecer alguma coisa. Mas essa coisa não aconteceu. O sexo sempre foi maravilhoso. Não conhecia esse prazer. Apaixonei-me por ele instantaneamente. Fazíamos sexo várias vezes por dia, todos os dias. Eu desabrochei para a vida. Quanto mais ouvia que era maravilhosa, mais tinha vontade de fazer. Achava que tudo estava superado. Depois de um tempo de casada, descobri umas traições do meu marido. Isso acabou comigo. O vaginismo não voltou de uma hora para outra. Foi um processo. Primeiro não me achava tão boa assim, pois ele procurou outra mesmo com o melhor sexo que eu podia proporcionar pra ele. Não me achava atraente, nem bonita, comecei a descuidar no meu corpo e por último, voltei a ter as dores. Tenho medo que tudo se repita. Pois amava muito meu primeiro namorado e tudo acabou por culpa maior do vaginismo. Tenho medo que aconteça coisa igual com meu marido. Acredito no arrependimento dele, mas não consigo perdoá-lo. ele me pede perdão todos os dias e sei que para ele ver meu sofrimento é um martírio. Gostaria de passar por cima de tudo, mas sei que não sou a mesma pessoa com quem ele se casou. Ainda consigo ter alguma penetração, dependendo da posição e dos estímulos. O maior problema é no início da relação: só de saber que ele quer sexo, trava tudo e vem a dor.O que antes era tranquilo, natural e fequente hoje raro e trabalhoso.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Feliz Dia do Amigo!

Entre tantas coisas boas que a criação do blog me trouxe, acredito que a maior recompensa, sem dúvidas, são as amizades. Amizades feitas no sofrimento, na esperança por cura, na esperança por dias melhores. Agora, transcreverei um trecho do livro "O Pequeno Príncipe" que mais gosto e dedico à vocês minhas amigas:

- Por favor... Cativa-me! Disse a raposa.

- Bem quisera, disse o príncipezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. M
as como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? Perguntou o príncipezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...

No dia seguinte o príncipezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta a agitada: descobrirei o preço da felicidade!


FELIZ DIA DO AMIGO!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Modo "Suspenso"

Olá meninas,

Como estão vocês? Firme nos exercícios!?!?! Espero que sim.
Antes que eu fale do modo "suspenso", quero compartilhar com vocês duas coisas: 1) Vocês leram no meu post anterior sobre a dor de amigo? Pois bem, ele foi na minha casa, conversamos bastante, choramos muito, ele me pediu perdão pela ausência na minha vida e disse que voltaria a ser como antes, pois me amava também. E para selarmos a nossa "volta" em grande estilo, vamos viajar em setembro para Caldas Novas-GO e compramos passagens para passarmos o carnaval de 2013 em Floripa ebaaa; 2) Na segunda tentativa, consegui passar na prova de carro hehehe. Bem, é isso. 
Agora falando sobre o "modo suspenso", digamos que eu estou em modo "Suspenso", tenho deixado as tarefas diárias me consumir e não tenho feito os exercícios. Percebi também algo, algo não tão bom, percebi que quando estou com alguém, tenho mais disciplina, anseio mais pela cura, me cobro mais. Hoje, sem ninguém, não me cobro, sinto-me sem pressa, só cuidando dos meus estudos e outros.
Conclusão: será que não estou buscando a cura por mim, mas pelo outro (quando tem o outro)? E sei que faço isso por achar que o sexo, de alguma forma, manterá a longevidade do relacionamento. Sei muito bem que essa motivação é ilegítima.
Refleti bastante essa semana sobre isso, se não posso voltar com os exercícios diários, estabelecerei três vezes por semana, buscarei por mim e por voçês. A cada história que conheço, a cada e-mail trocado com vocês, sinto-me responsável em ajudá-las de alguma forma. E a melhor forma de ajudá-las é com a evolução da minha própria luta.
A partir da semana que vem a luta vai ser em ir atrás de tratamento especializado em "conta" ou gratuito, mas isso é história para outro post.
Abraços guerreiras...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

E mais essa: dor de amigo...

   Algumas de vocês devem estar ansiosas para saber como anda a minha evolução nos exercícios né? Afinal, nessas últimas semanas, postei histórias de outras mulheres, e deixei um pouco de lado a minha rs. 
   Pois bem, depois que retornei da viagem (àquela viagem...pra encontrar o "amor de praia") não fiz exercícios, e isso vai fazer um mês. Cheguei com tantas pendências pra resolver, tirar a habilitação (carro), estudar para concurso, meu contrato de trabalho vencendo, encerrando o semestre das minhas duas pós-graduações e para completar tenho tido constantemente insônia (nesse momento são 03h47 e estou completamente sem sono) ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
   Tudo isso, embora caminhando para grandes conquistas, tem me deixado muito abatida. Como já falei em outra oportunidade, moro só aqui no TO (minha família mora em outro Estado) passar por tudo isso sozinha me faz sofrer muito, porém fico calada. Não consigo falar pra minha mãe ou amigos que estou sofrendo, eu sempre digo "tá tudo bem", não quero que eles se preocupem. Na verdade, eu quero que eles pensem que eu sou forte, haja o que houver, eu sou forte. É essa a impressão que sempre passei, mas por dentro não é assim. 
   Meninas, posso ser sincera com vocês? o motivo maior da minha tristeza não é nada disso acima descrito, é o distanciamento do meu melhor amigo, que firmou o namoro e agora não tem mais tempo pra mim. E antes que vcs pensem que sou apaixonada por ele, vou logo dizendo que ele é gay, somos amigos há quase 06 anos, já moramos juntos, nos damos muito bem, somos cúmplices um do outro, somos irmãos. 
   Eu sempre pensei que quando terminasse a minha faculdade, iria, naturalmente, me afastar de algumas pessoas, mas nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo e ele. O trabalho toma tempo dele, a pós-graduação, a academia e o seu novo namorado (afff) rs. Antes, nos falávamos todos os dias por telefone e final de semana: almoçávamos juntos, shopping, cinema, agora ele prefere ficar em casa curtindo a paixão. Ele era a unica pessoa para quem eu contava os meus segredos, minhas vitórias, minhas derrotas... 
   No começo eu ligava cobrando a presença dele, reclamando por ele não ter tempo, até deixei de falar com o outro lá por puro ciúmes. Mas parei para pensar e vi que afeto, amor, amizade, presença, devem ser espontâneos...há um mês não nos falamos direito (isso era impensável pra mim) vou parar por aqui, isso realmente me faz chorar, de verdade. Eu sei que o objetivo do blog é outro, mas eu tinha que falar isso pra alguém. Eu posso até viver sem amor, mas sem amigos, não.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

NÃO POSSO PENETRAR. MINHA MULHER TEM VAGINISMO. TEM CURA?

Bom dia meninas,

Como essa semana ninguém me mandou sua história para postar :( , reproduzirei aqui uma carta enviada ao Rev. Caio Fabio, onde um marido pede ajuda, conselhos, pois sua esposa tem vaginismo. Ainda, reproduzirei a bela resposta do Rev., é um texto longo, mas vale a pena.

Caro Rev. Caio Fábio: Graça e Paz!!!

Gostaria que o senhor me ajudasse com relação a algo que há seis anos atormenta meu casamento: Minha esposa tem vaginismo e, consequentemente, depressão.

Sinceramente, não sabemos mais o que fazer. Já tentamos de tudo: Psiquiatra, ginecologista e psicólogo, mas nenhum deles resolve. São seis longos anos sem penetração. Nossa relação sexual começa de forma intensa, com muita troca de carinho, e quando estamos nas "nuvens", e naturalmente vai começar a penetração... pronto... parece que cai um balde de água fria.

Minha esposa reclama que sente muita dor e involuntariamente há um fechamento da vagina. Converso muito com a minha esposa e estamos tentando resolver.

Querido Caio, ouço falar que vaginismo tem cura, mas por mais que tentemos (refiro-me a minha esposa e eu), não estamos conseguindo romper esta barreira. Também já ouvi falar que existem casais que não tem penetração e estão juntos há mais de vinte anos...

Não deixo minha auto-estima cair, mas a da minha esposa já acabou faz tempo. Tanto que ela sente em depressão.

Sinceramente, já tentamos conversas, lubrificantes, gel inibidor de dor e até filme pornô pra ver se tem alguma posição ou alguma outra coisa que possamos fazer para acabar com o vaginismo; mas foi pior, pois, no filme, minha esposa via as mulheres conseguindo a nossa tão sonhada penetração e se sentiu inferiorizada, anormal, de outro mundo e tantos outros efeitos.


Minha esposa tem um medo terrível de penetração. Tentei procurar as causas disto e primeiro ela me falou que ficou traumatizada porque achava meu pênis muito grande; depois disse que o padastro dela ficava com olhares estranhos para ela (ainda era uma adolescente), o que a fazia sentir nojo dele; e realmente aquele cara era meio maluco. Ele não queria que eu namorasse minha esposa, brigava em casa por causa disto e quando eu casei e tirei a minha esposa de casa, ele foi embora e deixou minha sogra morando sozinha. Nunca mais deu as caras.

E outra: minha esposa me confidenciou que o seu falecido avô, quando ela ainda era uma criança, fez carícias sexuais nela.

Caio, desculpa tomar seu tempo, mas já não sei mais o que fazer. São seis anos neste martírio. Toda vez começamos bem, e ela termina chorando porque não consegue me dar o que ela diz que eu tenho direito; se compara com outras mulheres, se diz anormal e quer morrer.


Não penso em me separar, mas em resolver... Já pensei em conviver com este problema e deixar rolar... Eu tenho 27 anos e minha esposa 25.


Desculpe o desabafo!!!!

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Resposta:

Meu amado irmão: Graça e Paz!

Pensando psicologicamente é impossível não ver que sua esposa foi abusada; pois, somente um abuso explica o que você disse.

Além disso, é estranha a relação que o padastro tinha com ela. Você deve buscar saber se o padastro ficou apenas nos olhares, ou se a abusou; pois, é possível que tenha acontecido e ela não tenha a coragem de falar; falando apenas do avô por terem sido “carícias infantis”, o que, para ela, pode ser interpretado como mais brando, e, portanto, mais fácil de confessar.

É obvio que o problema não é o tamanho de seu pênis, mas sim como ela vê o pênis e a penetração. Daí eu achar que você deve insistir para ela contar tudo, sem medos e sem reservas.

Do ponto de vista técnico, tem-se que dizer que Vaginismo é a contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração pelo pênis, dedo, ou espéculo ginecológico ou mesmo um tampão.

A mulher não consegue controlar o movimento de contração, apesar de até querer o ato sexual.

Há intenso sofrimento!

Também podem aparecer sinais de pânico, como náuseas, suor excessivo e falta de ar quando a pessoa tenta enfrentar este medo, aproximando-se de seu parceiro. Mesmo desejando um contato sexual, há falta completa de controle de suas reações físicas de rejeição.

É uma disfunção não muito freqüente e geralmente acomete mulheres com um nível intelectual alto, de boa situação econômica, com jeito de ser do tipo controlador e com dificuldades de intimidade.

Mas, e por quê?

Vários fatores podem determinar o Vaginismo. Sempre devemos observar se há alguma causa orgânica para dor durante o ato sexual, como os desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos ou infecções nos genitais.

O uso de algumas medicações que tenham como efeito colateral a diminuição de lubrificação vaginal também devem ser pesquisados.
As causas psicológicas mais profundas são:

Situações traumáticas de abuso sexual ou estupro.
Mensagens anti-sexuais durante a infância (como escutar dos pais que sexo é sujo).
Culpas.
Comportamento sedutor ou controlador por parte dos pais.
Dificuldade em unir amor com sexo na mesma pessoa.
Raivas entre o casal.
Competição temida com o pai ou mãe, entre outros.

E tem solução?

Vaginismo é uma disfunção relativamente fácil de se tratar quando se tem como objetivo apenas capacitar a paciente para a penetração. No entanto, até a mulher procurar ajuda, muitos anos de sofrimento podem se passar. Geralmente é o ginecologista que descobre que sua paciente tem dificuldades em realizar o exame. Nesse caso, o próprio ginecologista encaminha ao Terapeuta Sexual para avaliar a necessidade de uso de alguma medicação e preparar emocionalmente a paciente para enfrentar o tratamento de dessensibilização, técnica mais indicada para essa disfunção sexual.

Técnica de dessensibilização

A dessensibilização é realizada pelo ginecologista (mas pode, com orientação, ser realizada pelo marido) e consiste em expor a mulher ‘gradativamente’ à situação de penetração vaginal com o uso do dedo ou de cones específicos para o tratamento. Inicia-se com a orientação de como são os órgãos genitais femininos, mostrando à mulher com um espelho sua própria anatomia. Em seguida, tenta-se introduzir um dedo na vagina. Gel lubrificante é utilizado. Com o desenvolvimento da técnica, a mulher vai reduzindo sua hiper-sensibilidade vaginal, permitindo a introdução de cones e após, do pênis de seu parceiro sexual. As tarefas com o parceiro são realizadas na intimidade do casal. Quando isso acontece no ambiente médico, o ginecologista atua como facilitador, tentando diminuir as fantasias da mulher de se sentir rasgada, perfurada ou dilacerada.

Psicoterapia de orientação analítica

Indicada para os casos onde há conflitos emocionais moderados a graves, como, por exemplo, abuso sexual na infância.

Consiste em sessões psicoterápicas onde a paciente é convidada a falar tudo que lhe vem à mente. O Terapeuta Sexual, através da interpretação, confrontação e clareamento, vai ajudar a paciente a compreender a ligação entre seus problemas mais profundos e o sintoma sexual do vaginismo. Com o alívio dos temores e fantasias de dor e de invasão pessoal, a paciente pode ser reencaminhada para seu ginecologista para a dessensibilização. Como já disse antes, creio que com orientação, o próprio marido pode fazer a tarefa de dessensibilização.

Ora, tendo esses dados técnicos em mente, vamos falar o que você deve fazer a fim de ajudar, já que você é, provavelmente, a parte mais lúcida na busca de uma cura. Isto porque, às vezes, a mulher se cansa da tarefa, que, para ela, está sempre associada a dor e a algo traumático.

Não vá a um médico qualquer. Procure o melhor no assunto em sua cidade. E saiba: demandará tempo, dinheiro, e muita disposição da parte de vocês dois. Mas tem cura, e ela deve ser buscada.

No entanto, é obvio que com o histórico de “abuso” ou de tentativas de abuso na infância ou adolescência, sua mulher desenvolveu uma rejeição inconsciente pela idéia da penetração.

Vaginismo em geral ocorre em pessoas de educação formal mais elevada, não sendo muito freqüente entre pessoas de origem mais básica, do ponto de vista do acesso a educação. Além disso, mulheres que têm vaginismo tendem a ser pessoas que deram forte importância à virgindade, seja porque foram abusadas ou quase (como é o caso de sua esposa), ou porque tiveram na família uma forte dose de paranóia relativa ao estado de virgindade.

O que vocês têm que fazer, a partir de hoje, a fim de ajudarem a qualquer que seja o tratamento?

1o Converse com ela acerca do fato que muito provavelmente o vaginismo dela seja de natureza apenas psicossomática. Ou seja: ela contrai, involuntariamente, os músculos da região interna da vagina, em razão dos medos e fobias que nela se fizeram associar à idéia da penetração. Ou seja: ela tem que ter consciência de que é algo de natureza psicológica, e que não se trata de uma impossibilidade dela, mas apenas de uma limitação que pode ser vencida. Essa conversa, acompanhada de entendimento e resolução pró-ativa da parte dela, é fundamental para o início da cura.

2o Municie-se de um bom gel e inicie o processo de dessensibilização de modo agradável e suave. Ou seja: você ‘não’ ficará no espírito da “dessensibilização”, como se você fosse um “técnico”. Por isso você será carinhoso em cada toque, e iniciará massageando-a longamente na região externa da vagina. Depois nos “grandes lábios”. Em seguida, sempre fazendo o possível para que tudo seja agradável e prazeroso, você deve iniciar a leve introdução de seu dedo na região interna superficial da vagina. E deverá ficar aí por alguns dias, até que ela ganhe confiança e tenha algum prazer.

3o Faça massagens em geral nas áreas mais eroticamente sensíveis para ela. De fato, massageie tudo. Sempre com delicadeza e como se você a estivesse preparando para um dia ser desvirginada. A cada dia volte sua massagem na vagina, sempre com os mesmos carinhos e cuidados. Lembre-se: ela precisa desassociar sexo de trauma, abuso e dor. Portanto, requer calma e muito controle seu, pois, no ato de “dessensibilizá-la”, você ficará muito excitado, e tenderá a querer dar um “tranco”, um “rasgão”, uma “penetrada impiedosa”. Não faça isso, pois, se o fizer, você poderá perder a confiança dela. E ela precisa confiar que, com você, sexo e dor não têm nada a ver. Você não é o pai-dastro safadinho.

4o Depois de uns dias fazendo conforme lhe disse, tendo-a completamente nua na cama, e bem estendida, comece a passar a sua mão, quase como se a mão não fosse tocar nela, mas mantendo-a apenas roçando nos pelos do corpo, bem suavemente... Passe a mão de ponta a ponta no corpo dela. Depois, bem suavemente, deite-se sobre ela, e apenas abrace-a. Faça isso pela frente e por trás. Depois, com os olhos nos olhos dela, massageia bastante a vagina, por fora e nas imediações da penetração. Mas não penetre. Apenas tente leva-la ao prazer. Quanto mais prazer ela tiver, mais fácil será a penetração que ainda se aguarda.

5o Depois desse ponto, peça a ela para massagear você. Mais ou menos do mesmo modo como você faz nela. Sendo que em relação ao seu pênis ela deve ser provocadora e instigante. Digo isso porque muitas mulheres que sofrem de vaginismo também têm dificuldade para tirar prazer do encontro sexual. E como sua mulher tem esse histórico de abuso psicológico, é fundamental que ela se veja como agente pró-ativo no sexo. Ou seja: o próximo passo é fazer ela gostar de brincar com você, de excitar você, e de dar prazer a você. Eu creio que é no ato de proporcionar prazer que tais inibições vão dando lugar ao prazer pessoal, e vão também desinibindo a pessoa para o sexo, a começar pelas brincadeiras.

6o Depois desse tempo, inicie lentamente, com as mãos bem untadas de gel, a enfiar seu dedo suavemente nela, não sem antes excitá-la ao máximo na região do clitóris, e não além da profundidade de sempre. Mas deve haver movimento de entrada e saída de seu dedo, a fim de caracterizar o movimento sexual comum. Depois vá, suavemente, aprofundando a penetração de seu dedo, preferencialmente o maior, e que deve ser introduzido com você tendo a liberdade de manter a palma de sua mão meio que virada na direção correspondente ao umbigo dela. Digo isto porque assim facilitará você a manter o atrito de seu dedo de modo mais controlado e indolor.

7o Então, chegará o dia em que você, depois de cumprir no mesmo dia todos os ritos, pedirá a ela para brincar com você, com seu pênis. Depois você solicitará a ela para se assentar sobre você, sem penetração, mas pedindo a ela que brinque, ela mesma, com seu pênis, a fim de “usa-lo”... ela própria. Sim, ela terá que aprender a “usa-lo” para si mesma. Ou seja: ela tem que tirar o “elemento ferino” que está associado ao pênis, e, para que isto aconteça, ela tem que ter a coragem de brincar com ele na região vaginal dela; e ela própria precisará iniciar a penetração apenas na região interna superficial da vagina... nada mais profundo.

8o Você terá que ser sensível para saber quando ela já estará psicologicamente madura para a primeira penetração. Quando chegar a hora, você não a penetrará com seu pênis, mas com seu dedo, cada vez mais profundamente, até conseguir uma profundidade que caracterize a penetração de um “pequeno pênis”; no caso: o seu dedo. Então, já com a penetração máxima de seu dedo realizada, fique aí alguns dias... sempre indo apenas até esse “ponto”, sempre fazendo a mesma coisa, sem esquecer os ritos anteriores. Ou seja: trata-se de um processo de dessensibilização do trauma, e de sensibilização do prazer associado à penetração. No entanto, tudo isto tem a ver com um processo de desenvolver um novo condicionamento nela. Daí a manutenção dos ritos ser imprescindível, pois, por ele, você a estará “programando sexualmente” para a penetração prazerosa.

9o Depois que você já estiver introduzindo o seu dedo por um tempo (digo: uns dias), peça a ela para agora fechar os olhos (antes tudo deve ser visto por ela... ou seja: tem que ser de olhos bem abertos... encarando... vendo). Mas não introduza ainda o seu pênis nela. Apenas continue a introduzir seu dedo. Agora, todavia, sempre tendo-a com os olhos fechados, e sempre buscando levá-la ao prazer com os olhos fechados. Faça assim mais alguns dias, até ela ganhar confiança.

10o Quando ela já estiver tendo orgasmos de olhos fechados... deixe passar mais uns dias... e, então, logo depois que você vir que ela entrou num ambiente interior de orgasmos, retire o seu dedo e introduza o seu pênis. E, ao faze-lo, no inicio, não faça movimentos de entrada e saída, mas apenas fique lá... parado... e deixe que ela se aclimate com a nova situação. Se ela chorar, beije-a, mas fique em cima. Se ela continuar chorando, peça a ela que relaxe, pois, vocês estão nas proximidades da cura. Peça a ela para não se assustar. E continue... suavemente... e, bem lentamente, comece a mexer... até que você sinta que ela está começando a participar... Sim, peça a ela para participar. Ora, logo vocês estarão, nesse caso, livres desse impedimento tão desagradável.

Tudo o que aqui disse, o disse fundado no pressuposto que os médicos não denunciaram nenhum tipo de anomalia física em sua mulher. Se assim é, então, saiba: você mesmo pode ser o médico e o terapeuta sexual de sua esposa. E mais: vocês terão muito prazer juntos na busca dessa cura se você fizer conforme eu mandei, e se ela aceitar o “tratamento”.

Por ultimo, devo dizer que também disse o que disse assumindo que ela ama você, gosta de você e quer você. Digo isto porque certas mulheres desenvolvem uma espécie de “vaginismo seletivo”. Ou seja: são fechadas apenas para o marido, mas, com outro homem, são abertas. E isto acontece quando a mulher não gosta do marido. Nesse caso, não creio que haja muito a ser feito.

No mais, estou por aqui. Qualquer coisa me escreva.

Um beijão carinhoso!

Nele, em Quem tudo é limpo para os limpos e puros de coração,
 
Caio

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A história da Milena*

Bom dia meninas, 

Hoje postarei a história da Milena*, dentre muitas coisas comuns, percebo em quase todas as histórias a falta de "preparação" dos ginecologistas na nossa primeira consulta. Mesmo não conseguindo realizar os exames em nós, eles nos diagnosticam que apenas temos medo, nervosismo, que precisamos relaxar. A resposta mesmo, só descobrimos graças a internet.

Segue a história:

Bom, meu caso é muito complicado pq desde sempre tive aflição só de pensar em alguma coisa penetrando em mim... desde quando não tinha namorado... desde sempre mesmo... naõ sei pq...
Mas enfim, namorei durante 5 anos, meu primeiro namorado e o primeiro que tentei ter algum tipo de relação.
Tive sim minha primeira penetração com ele mas não considero uma relação sexual pq dóeu muito e foi insuportável...
As outras vezes também foram assim.... tentei poucas vezes pq eu odiava a idéia d estar sentindo dor numa coisa que deveria ser prazerosa pra mim...=(
Ele nunca foi muito compreensivo e isso também fazia com que eu não sentisse vontade de tentar... algumas vezes tentei por insistencia dele... e assim foi...
Ele acabou sendo agressivo algumas vezes comigo por causa disso e as coisas foram piorando...
Até que um dia surtei e terminei com ele.... acabei ficando com outro cara q era um amigo meu de muitos anos... Tentei com ele tb... mas tbm não deu certo...
Acabei voltando com meu namorado...
Depois continuou na mesma... eu ja desmotivada e ele sempre qrendo q eu tivesse relações com ele.... não tinha muita vontade... fazíamos outras coisas mas sem penetração...
Depois terminei de novo e acabei ficando com outro amigo q também tentei mas não deu certo tbm.
Os dois caras q tentei além do meu namorado me trataram bem e não me obrigaram nem me pressionaram a fazer nada... mas não rolou.....também senti que para eles era só uma questão de "desafio"... desistiram muito fácil...
Comecei a ficar frustrada também pq queria tentar ter um relacionamento com outro cara mas nunca dava certo...
Parecia que os homens queriam me usar como desafio sabe.... quando chegava a contar sobre i sso...
Parece q alguns (a maioria) só querem sexo... isso me frustrou bastante e acabei ficando desesperançosa....
Acabei voltando de novo com meu ex.... que agora esta bonzinho e td mas continua me pressionando sobre o sexo...
Sinto que estou com ele pq tenho medo dos outros pq pelo q vejo... parece que é o que me resta sabe...
Não tenho perspectiva mais de ter uma familia.... e gostaria muito de ser mãe um dia...
estou num relacionamento que eu vejo que não ta bom, mas não vejo outra saída.... hj em dia parece q o que conta eh só sexo...
Ja fui ao ginecologista e não consegui deixar me examinarem... umas disseram que era puro medo... já ouvi de uma ginecologista um absurdo muito grande que no dia acabou com minha auto estima... ela disse que eu tinha que ver isso pq se eu não conseguisse, com certeza outra conseguiria... pq disse pra ela q tinha namorado...
Outro ginecologista di sse que só poderia dizer algo se me examinasse mas eu nao consigo deixar me examinarem...
Então vi algumas reportagens e sites sobre o assunto e me identifiquei com algumas coisas... por isso tenho quase certeza que tenho vaginismo...
Não sei como posso resolver isso, sinceramente... e não acho que existam outros caras que entendam o q tenho... isso me desanima...
Bom, isso é o resumo da minha história...rsrs digitei d+...rs =/

quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Amor de Praia não sobe a serra"


Olá meninas,

     Como havia dito, semana passada viajei para GYN para encontrar o meu "amor de praia" que conheci há dois meses em Natal/RN. Pra começo de conversa, não foi nada do que eu esperava, só rolou sexo oral e no último dia terminei tudo com ele.
     Gente, eu não sei o que aconteceu, mas eu não tinha tesão o suficiente para tentar alguma penetração, parece que minha vagina estava ressecada, sei lá. Ainda bem, que em nenhum momento, ele me pressionou, ele foi bastante compreensivo. Eu até que chegava no ápice, mas com muita luta rs.
     Bem, na pouca convivência descobri que temos pouco em comum, de vez em quando discutíamos por besteiras, ciúmes, de ambas as partes, eu grilava com algumas coisa que num achava legal no face dele rs. Cheguei a conclusão que o esforço presente não compensaria a recompensa no futuro, era melhor terminar tudo.
     Então, no último dia, ele até tinha comprado meu presente do dia dos namorados (ouwttt), esperei ele vim da igreja (ele me chamou e não quis ir), fiquei no hotel e para minha alegria ele deixou o notebook carregando, e para minha alegria ainda mais, quando liguei o note o face já estava conectado ahhhhh fui ler todas as mensagens kkkkk (meninas não façam isso, isso é invasão de privacidade). O que eu li? Nuss ele dando em cima de meio mundo de mulheres rs.
     Quando ele chegou, eu super de boa e sem falar nada do que tinha visto, terminei tudo e dei uma série de razões. Ele ficou triste, disse que eu não confiava nele por isso não queria sustentar uma relação a distancia, e acreditem se quiserem, o "falso" até chorou kkkk nessa hora deu vontade de rir alto. Minutos depois, ele sacou que eu tinha mexido no computador, que eu tinha desconectado o face, aí ele perguntou se o motivo era o que eu tinha visto, explicou que ele fazia aquilo de zuação mesmo, que aquelas garotas todas estavam em outros Estados blá blá e que até aquele momento, nunca tinha me traído, assumiu os "trens" lá no face e só.
     Resumindo, eu não fiquei zangada com ele, entendi o seu lado, até ficamos depois, passamos a noite abraçadinhos, e eu com a minha cabeça tranquila e aliviada. Depois que cheguei, já nos falamos duas vezes, ele com o papo que quer continuar comigo e que vai vim visitar logo, logo.
     Foi isso meninas, não me arrependo de ter ido lá, mas percebo que devo me preocupar com a minha cura antes de querer me relacionar com alguém. E bola pra frente, fiquei uma semana sem fazer os exercícios, correr atrás do prejuízo né???

bjus

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A história da Ane*

     Olá meninas, hoje publicarei a história da Ane* que casou virgem aos 28 anos, e hoje aos 32 anos e 04 anos de casada, ainda...

   Olá Ana! Fiquei muito feliz por vc ter respondido meu e-mail... é bom saber que pude falar sobre isso com alguém. Meu marido sabe, mas não é a mesma coisa né? Percebo que ele tenta entender o problema, se esforça, mas só quem vive isso mesmo pra entender como é. Dou graças a Deus pois ele é um homem abençoado, maravilhoso, que me ama de verdade e me dá todo apoio e compreensão, pois se assim não fosse, com certeza as coisas seriam piores do que são.
    Não me importo em compartilhar com vc minha história ( pode publicá-la no blog). Comecei a desconfiar que tinha vaginismo depois que me casei ( me casei virgem) aos 28 anos, hoje tenho 32... Enfim, sou casada há 4 anos e nunca desconfiei que pudesse ter tal problema, nem sabia o que era, já que era virgem até o casamento. No começo, no início de minha vida sexual, logo após a lua de mel, vi que tinha dificuldade com a penetração, mas imaginei que pudesse ser normal, já que era virgem. Meu esposo, como nunca havia transado com uma mulher virgem antes de mim, tb achava que com o tempo as coisas iriam ficar "mais fáceis". Mas não foi bem assim, e a frustração começou a me bater. Tentava de tudo quanto era jeito, em várias posições, mas nada do pênis entrar... parece que tinha uma parede, uma espécie de barreira sabe? É complicado até explicar... Ele, coitado, com medo de me machucar, já que qualquer esforço a mais que fazia, eu já reclamava de dor, sempre foi muito delicado.
    Comecei a sacar que tinha algo errado quando fui ao ginecologista para enfim fazer após 1 ano de tentativas de relações, o exame papanicolau. Foi um trauma terrível! A enfermeira até que foi bem delicada, tentou me acalmar, conversou muito comigo, não forçou, mas nada de conseguir colher o material para o exame. Assim que ela ameaçava introduzir o espéculo, eu já gritava de dor... na verdade não sei nem explicar se é uma dor, algo de machucado. Simplesmente é uma sensação horrível, parece que vão me rasgar por dentro e eu simplesmente travo e nada, simplesmente nada entra dentro de mim, nem meu próprio dedo!!! Eu juro que tento, tento e tento, mas simplesmente não consigo.
    Após essa primeira tentativa de exame sem sucesso, tentei váaarias outras vezes e nada. Até ultrassom transvaginal, nada feito. Percebo que a maioria dos médicos me olhavam como se eu fosse louca, um E.T... Aí eu me sentia a pior... pior em tudo!! Isso acaba com minha alto estima, que diga-se de passagem nunca foi das melhores. Então comecei a fazer pesquisas na internet e comecei achar matérias sobre vaginismo, e me identifiquei muito com tudo que achei pesquisando. Engraçado que nenhum médico me sugeriu, ou insinuou, ou levantou a hipótese de eu ter vaginismo, eu mesma descobri sozinha! Hoje vejo que já muita falta de preparo por parte da maioria dos médicos. Na verdade o que mais me preocupa nessa história toda, não é tanto o falto de eu não conseguir fazer amor com meu marido, pois ele é o marido perfeito, mais do que eu poderia imaginar ( mas é claro que por amá-lo tanto quero conseguir fazer amor, realizá-lo e me realizar tb!), mas minha grande preocupação que é o que tem me consumido ultimamente é o fato de eu não conseguir fazer exame ginecológico! Isso muito me preocupa, pois sou casada há 4 anos e até hoje não consegui fazer um exame papanicolau. Isso me acaba! Fiz umas 3 vezes (bem superficialmente) ultrassom transvaginal e não deu nada.
    A cerca de 1 mês fiz uma consulta de triagem no hospital Pérola Byngton e comentei com o médico meus receios. Disse à ele que estou com um corrimento amarelado e tenho medo disso piorar. Ele me acalmou, disse que dá para esperar mais um pouquino até fazer o exame, pois vou precisar fazer uns exercícios para relaxar a musculatura da vagina. Tenho retorno semana que vem dia 21/06 e não sei o que será. Na primeira consulta cheguei a comentar com ele da possibilidade de fazer esse exame com anestesia. Ele me disse que isso não costuma ser feito, que só em centro cirúrgico, e que com certeza não vai precisar disso, pois no momento certo eu mesma vou me sentir preparada e chegar e pedir p/ fazer o exame do método normal.
    Bem, resumindo, isso tudo me enlouquece, eu não sei o que pensar, não sei se existe algum outro médico que cuide disso que eu poderia consultar, para ouvir uma outra opinião, enfim, estou muito confusa com tudo isso. Tenho pedido muito a Deus que Ele me ajude, me cure, para que eu seja feliz e consiga levar uma vida normal, pois parece que depois que me descobri com esse problema, minha vida gira em torno disso. Não gostaria de ser assim, tão ansiosa, pois isso me consome a cada segundo. Choro muito, sofro muito, penso muito, acho que estou enlouquecendo... Mas tenho lá no fundinho uma esperança em Deus, que ainda vencerei tudo isso e terei paz na alma, na mente e coração.
     Obrigada pela oportunidade! Que Deus abençoe vc que me lê agora...

terça-feira, 12 de junho de 2012

A tão esperada viagem...

Olá meninas,

     Primeiramente, Feliz Dia dos Namorados né!?!?! Não falarei sobre isso (exatamente) pois hoje o dia todo só se respira isso rs. Eu irei passar sozinha, pois o meu "pseudo-namorado" está em outro Estado, mas daqui a dois dias estaremos juntinhos. Esse é o motivo do meu post hoje, a minha viagem. Como já falei em outra oportunidade, ele sabe que sou virgem (não vagínica), ele está super ansioso, e eu mais ainda. Essa semana quase não tenho dormido direito, angustiada com essa situação, pois eu acho que não vou conseguir ter uma relação com penetração com ele, passaremos 04 dias juntos, e ao final, não sei o que direi.
     Tentei avançar nos exercícios (juro), mas não consegui. É incrível, tem dias que eu consigo introduzir o dedo e tem dias que eu não consigo, sei lá, parece uma pele elástica sem buraco, que eu empurro, empurro e nada, fico tão deprimida com isso.
     Bom é isso, torçam por mim, quero ao menos, deixar ele chegar na "portinha", empurrar um pouquinho. Vou levando KY, Xylocaína e já pedi pra ele comprar vinho...hehehe Isso mesmo! a ideia é ficar anestesiada (ohhh meu paiiii me ajudeeee).
     Bjus e amanhã eu postarei mais uma história de uma vagínica, ela casou virgem aos 28 anos e hoje tem 32 anos, 04 anos de casada e ainda não conseguiu a relação sexual plena.
     E para refletir: Minhas chances de sucesso aumentam a cada tentativa.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A História da Ju*

Olá meninas... Hoje vou compartilhar a história da Ju*, ela é casada e consegue ter relações sexuais com penetração. O problema é que como o lado psicológico ainda não foi tratado, volta e meia, quando ela assiste algum noticiário de abuso sexual infantil ou tem algum problema, ela não consegue ter relação sexual plena durante semanas. Acompanhem essa história.

Olá Ana,

Sempre visito o seu blog  e vim contar a minha história do vaginismo.
Minha história começou com o meu ex-namorado, com quem iniciei minha relação, com ele percebi que tinha algo estranho, as coisas não fluíam, mas eu achava que fosse por não ter desejo mesmo, não tinha atração. Conseguia até um pouco de penetração, mas era sofrido.

Até então nunca havia ouvido falar em vaginismo, quando uma amiga que sofria do mesmo problema com o marido comentou sobre o assunto, mas não dei atenção.

Um tempo depois terminei com esse e comecei a namorar o meu atual marido, depois de dois meses juntos tentamos, foi tudo bem, mas na hora H, não rolou, não entrou nada, parecia virgem. Foi quando resolvi pesquisar, pois a atração eu tinha e muita. Foi quando me aprofundei sobre o vaginismo, iniciei os exercícios por conta própria, marcamos um fim de semana em Teresopólis, ele teve cuidado com todo o clima. E enfim rolou, normal.

Parece a cura fácil, certo? Errado.

Como não tratei o lado psicológico do problema, sempre que vejo algum noticiário sobre abuso infantil, que foi o que levou o meu vaginismo, eu mudo. Qualquer problema que me deixa tensa, não rola.

Na semana passada, depois de mais de um mês sem sexo, ele desabafou, sendo que ele associou a mim a culpa, me arrasou muito. Mas, percebeu o erro, me pediu perdão, disse que pedir perdão era fácil, mas que no momento era o mínimo que podia fazer por mim, e que esta sempre comigo.

Hoje, ele tem mais paciência, ele mesmo diz que mudou o pensamento sobre isso. Que sabe que tem que fazer a parte dele.

Estamos na luta há um ano e seis meses, tem outros pontos que aproveitamos mais e a penetração mesmo tentamos sem pressa e estamos evoluindo.

Já resolvemos também que assim que as coisas melhorarem vou começar a me tratar com um psicólogo.

Ele sabe a causa do meu problema, só não sabe quem fez, pois diz que se eu disser o nome ele mata, e não quero isso.

Tem dias que não rola, me sinto mal, me comparo as mulheres que ele teve, me sinto menos mulher, e nessa hora que preciso dele, se ele cai eu vou junto. Mas, ele me da uma super força.

Força a todas. Cada uma tem uma evolução diferente, não usem os textos para se compararem, mas para sentirem que dá para ir em frente.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que é Vaginismo?

     Esse seria um assunto para um primeiro post, mas só agora me toquei que não tinha postado nada, "antes tarde do que mais tarde"...rs
     Vaginismo é contração involuntária dos músculos próximo à vagina, dificultando ou até impedindo a penetração do pênis ou outro objeto, e até mesmo dificultando um exame ginecológico.
     A mulher contrai não só a vagina, mas o períneo, as nádegas, os músculos da coxa e do abdome. Graças a Deus que não é uma doença, e sim uma condição psicológica de medo da relação sexual que se manifesta através de uma reação física. Li uma frase que traduzia da seguinte forma: "Trata-se de uma condição emocional em que a mulher deseja a relação sexual, mas no fundo a sua mente diz 'não' ".
     Recomendo que assistam aqui a entrevista sobre vaginismo da fisioterapeuta MªAngélica, especialista na saúde da mulher e coordenadora do CATVA (Centro de Apoio e Tratamento do Vaginismo) à tv UOL.
     Caso não queira assistir, devo apontar os pontos principais abordados:

1. TRABALHO CORPORAL - não é só a musculatura da vagina que é contraída, mas a própria musculatura corporal. A mulher vagínica, em regra, é controladora, por isso tem uma postura contraída, um dificuldade de entrega ao outro. A fisioterapia vai ensinar à ela a perceber esse momento de contração e trabalhar com a questão do relaxamento;

2. ALOGAMENTO, RESPIRAÇÃO - a mulher vagínica falta ter um ataque cardíaco (rs) quando pensa em penetração ou parte para os exercícios. O batimento cardíaco aumenta, elas suam;

3. HIGIENIZAÇÃO - muitas não se higienizam corretamente por conta da hiper sensibilidade;

4. DESSENSIBILIZAÇÃO - o ponto forte da fisioterapia é aqui. A mulher vagínica não consegue se tocar, que dirá deixar que outros a toquem. Por isso a dificuldade de um exame ginecológico, a mulher na maca fica vulnerável e para se proteger se contrai mais ainda, impossibilitando o exame pelo médico. A fisioterapia ajuda a mulher aos poucos ir se tocando, culminando com o exercício BI-DIGITAL, ou seja, a introdução de dois dedos e de outros instrumentos próprio da fisioterapia, que proporcionem massagens interna nos pontos de tensão, buscando alívio, flexibilidade e relaxamento.

Se você se encaixou no descrito acima, eu tenho uma boa notícia: VAGINISMO TEM FIM! TEM CURA!
 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Uma Mente Brilhante

     A minha dica de filme p/ o seu fds é "Uma Mente Brilhante" q conta a história real do matemático John Nash, msm detectado c/ esquizofrenia e após internações, decide abandonar a medicação, pois os neurolépticos reduziam, consideravelmente, as suas capacidades intelectuais e físicas. O método q/ ele recorreu foi a terapia cognitiva, um processo de confrotação c/ as suas próprias fantasias p/ distinguir o delírio da realidade. Somente c/ sua FORÇA DE VONTADE e inteligência, junto c/ a DEDICAÇÃO de sua esposa, permitiu q/ Nash superasse as adversidades e passasse a ter uma vida "normal" em sociedade, qdo recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1994. 
    Mas Ana esse filme foi lançado em 2002?!? Conta a história de um esquizofrênico, por que da indicação?!? Minhas amigas, depois de uma década, tive o privilégio de assistir esse filme, e se vocês fizerem a msm leitura q/ eu fiz, irão sentir o ânimo de vocês renovado em 10 vezes. E por quê? Olhem só, o cara sofre de uma doença INCURÁVEL, mas c/ dedicação e apoio da família, amigos, conseguiu "superar", "conviver" sem q/ isso o afetasse em suas relações pessoais e profissionais. 
     Fiquei pensando: "Puxaa! Que dirá eu, que tenho um problema CURÁVEL". Perceberam onde eu qro chegar? O caminho é dedicação e apoio dos outros. Tenho percebido isso na prática, antes apenas um amigo sabia, hoje meus quatro melhores amigos sabem, minha mãe sabe. Todos de alguma forma tentam me ajudar, só em conversar comigo já me ajuda bastante (vocês já ouviram falar da terapia "A cura pela Fala"? em breve postarei algo sobre isso), essa coisa de ficar guardando só pra gente não ajuda em nada, só nos abate ainda mais, só o travesseiro nos "escuta" e não pode falar nada...rs E qtos aos exercícios, tento fazer diariamente, manter uma certa regularidade e só paro qdo acho q/ fiz tudo q/ podia fazer naquele dia. É bem verdade, tem dias q/ vou dormir chorando pq acho q/ não houve evolução, mas tb não regredi...rs 
     Em suma, é isso. O filme tá disponível no youtube, tirem um tempinho...ah, só mais uma coisinha, a minha ideia de troca de experiência tá dando certo, semana q/ vem posto a primeira história. 
     Bjus a todas... que Deus nos ajude.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Troca de experiências!


     Tava aqui pensando, ao invés de só contar a minha história, a minha luta diária aqui no blog, por que não contar a história de outras garotas??? Quando se troca experiências, se tira um peso enorme das costas. A boa notícia que devemos sempre espalhar e compartilhar é que VAGINISMO TEM FIM!
     Então, se você ainda é vagínica ou já se curou, por favor conte pra gente. Cada história serve como uma injeção de animo na luta contra essa opressão.
     Meu e-mail é ana.botelho1983@gmail.com (sua identidade será preservada, assim como eu preservo a minha...rs).

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Criamos a dificuldade, cabe a nós, superá-la.

     Desde a semana passada, tenho buscado uma constância nos exercícios - embora abatida por não conseguir ver muita evolução, porque além das lutas diárias, ainda temos que lutar para conquistar nossa vida sexual -  esqueço de tudo, menos de dedicar alguns minutos ao meu "problema". Criei a dificuldade, cabe a mim, superá-lo.
     Há vários dias tentava introduzir o dedo médio, passava por cima, empurrava um pouco, parava por conta do medo de me machucar (aff), mas graças a Deus, ontem eu consegui introduzir o bendito dedo. Fiquei tão FELIIIIZ pela evolução, embora tenha sentido um incômodo quando tirei o dedo, foi estranho.
Sei da importancia dos dilatadores, mas nada se compara ao seu dedo. Vc passa a ter a REAL dimensão da sua vagina, do tecido, da musculatura, senti os nódulos de tensão, senti minha vagina "apertando" o meu dedo (deve ser a tal da contração involuntária), não querendo "ceder" espaço, sensação ímpar.
     Estou animada, pois lembrei do meu primeiro exercício: espelhinho. Mal conseguia abrir os pequenos lábios, passei vários dias para introduzir um cotonete, e hoje, toda essa área está dessensibilizada. Caraca! Consegui introduzir o dedo médio, não vejo e nem sinto a minha vagina tão frágil!!!
     Agora é partir para os movimentos de vai e vem, de massagem interna com o objetivo de ACABAR com esses nódulos de tensão.
     É isso meninas, muitas vezes termino os exercícios chorando achando que não consegui nada, mas não posso parar, eu me RECUSO a viver OPRIMIDA.

     P.S. Dedico esse post a Ana Clara, sofre de vaginismo e que também luta arduamente na busca por sua vida sexual plena.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Conto ou não conto pra ele...

      Olá meninas,

     Bem, por conta dos estudos para concurso, estou numa correria só, quando chega a noite na hora dos exercícios estou super cansada e acabo dormindo. Por isso não estou atualizando com tanta frequência o blog. Um ponto chave na nossa evolução é a DISCIPLINA e MOTIVAÇÃO. Disciplina está me faltando e motivação sempre tenho. Mas a coisa só funciona cumulando esses dois requisitos supracitados.
     Mudando de "pau pra cacete", se vocês leram o meu último post, eu disse que fiz uma viagem e nessa viagem me apaixonei rs. Já faz mais de um mês e todos os dias nos falamos, nos declaramos um para o outro publicamente nos face heheh. Então, agora em junho irei me encontrar com a minha "paixão", já estou de passagens compradas e tudo. Porém, com alegria de poder encontrá-lo, também veio a angústia de ainda ser vagínica. Estou em dúvidas, se conto ou não pra ele que sou virgem e vagínica (ou só virgem) agora ou só pessoalmente. Confesso que estou aflita com essa situação. Alguém aí pode me dar uma "luz"???

segunda-feira, 30 de abril de 2012

"Num fez nem cócegas"

     Depois de um tempinho sem escrever, tou de volta. Mas tudo tem uma razão... eu acho...rs Bem, esse mês de abril foi super corrido, estava participando de uma seleção para um novo emprego, viajei p/ Natal/RN com amigos e família, foi ótima a viagem, muito forró e até me "apaixonei"...rs Por conta disso, dei uma relaxada nos exercícios, mas retomei com tudo.
     Ontem aconteceu algo super bacana, antes de fazer os exercícios, coloquei um videozinho pornô..rs (quem não tem namorado e/ou marido...se vira como pode...heheh) então fiquei super excitada e resolvi introduzir o "negão", eu acho que eu estava tão relaxada e tão excitada, que a minha vagina se abriu e engoliu o "negão", e sabe do melhor? não senti nada, não senti entrando, não senti lá dentro, é aquela coisa: "num fez nem cócegas"...rsrs  Essa semana q está entrando, pretendo evoluir mais um pouquinho para "fase dos dedinhos" Indicadores indicadores, onde estão? Aqui estão. Eles se saúdam eles se saúdam, e se vão e se vão rsrs
     Boa semana meninas...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Segunda Semana - "Semana do negão"

     A princípio, pensei em escrever diariamente, mas vi que de um dia para outro, ás vezes, não tinha nenhuma diferença. É dizer, semana passada foi a primeira semana de exercícios e fiquei trabalhando com o cotonete, como havia dito, não basta conseguir introduzir, mas fazer movimentos de vai e vem, sem sentir nenhuma "gastura"...rs
     Pois bem, ontem comecei com o rímel (tá limpinho tá??? só tou usando pra isso agora...) e não achei díficil, a textura, o material do objeto não me incomodou, sério mesmo. Só não consegui introduzi-lo todo, mas quase a metade...rs
     Percebi que, os exercícios de relaxamento tem me ajudado bastante. É dizer, não fico mais naquele nervosismo, ansiedade, aumento significativo dos batimentos cardíacos...rs  Percebi tb, que aos poucos tenho perdido o medo de me machucar e tenho a cada dia entendido que a minha vagina não é esse "poço de fragilidade" que eu imaginava.
     Bem é isso, sem pressa, de acordo com o meu tempo, tenho buscado - gradativamente - a minha cura (para algumas posso tá indo devagar, para outras, posso tá indo rápido...é bem relativo).

     Olha aê a fotinha do dito cujo, do meu "negão", o responsável por me dar prazer essa semana...hehehe


sexta-feira, 30 de março de 2012

"Dupla vitimização" e a "Síndrome do Segredo"

     Tava por aê lendo os outros blogs, as histórias das vagínicas, e percebi q na maioria, a causa do vaginismo foi o abuso sexual qdo eram crianças. Percebi ainda, q tal abuso foi dentro de casa, por alguém ligado a nós por laços mto fortes, como pai, padrastro, avô ou alguém responsável pela nossa educação.
     Os números são alarmantes, por isso a sociedade precisa tomar consciência da magnitude q é o abuso sexual infantil - até pq ele perpassa todas as classes sociais - e deve ainda, buscar meios, formas de se combater essas condutas hediondas. É dizer, um adulto q se utiliza de uma criança p/ satisfação de seus desejos sexuais, utilizando-se de "carícias", contato c/ a genitália, masturbação e a relação vaginal, anal e oral, é uma das formas mais graves de se maltratar uma criança, e na minha opinião, de todas as mazelas sociais, o abuso sexual infantil assume uma posição de absoluta relevancia.
     Mas tá e aí? Qria compartilhar c/ vcs sobre o q o meu ginecologista falou: a "dupla vitimização", ou seja, fui vítima do abuso qdo criança, mas não precisava carregar isso por toda a minha vida. Ele disse q eu deveria me desvincular dos fatos do passado e deixar livre o presente. Fácil né??? Claro que não. Mas sabe, que essa conversa me ajudou muito? Eu percebi q algumas vezes eu reforçava na minha cabeça o que tinha acontecido só p/ Deus ter pena de mim, isso mesmo, p/ justificar uma série de outros sentimentos q eu tinha e até mesmo pecados que cometia...rs.
     Meninas não podemos nos fazer de "coitadinhas" pq fomos vítimas desse delito hediondo, temos que superar! Isso tem que SERVIR pra nos tornar mais fortes, pelo menos isso! É óbvio que esse ato deixou sequela, e um a um, temos q COMBATER.
    Por fim, sabe qdo vc percebe q está se desvinculando do passado? qdo vc começa a compartilhar isso c/ os outros (melhores amigos) sem se sentir ultrajada, diminuída. Experimentem conversar c/ alguém de sua confiança e vamos parar de carregar a "Síndrome do Segredo". Sabe pq a conversa é um excelente remédio? Pq aquele assunto pesado vai se tornando leve, o desabafo vai se tornando comum e aquilo que tanto te fazia sofrer no começo, já não dói tanto assim. Tenho feito isso... e um enorme peso saiu das minhas costas. Experimentem e bom fim de semana a todas! ah, escutem essa música, é uma das minhas preferidas...



terça-feira, 27 de março de 2012

Dia 02

     Sem alterações. Continuo com o cotonete, hoje já com movimentos de vai e vem sem maiores incomodos...rs Quando faço esses exercícios gosto de assistir algum "videozinho", mas hoje mesmo assistindo não conseguia me concentrar, não estava conseguindo me excitar. Têm dias que é assim, que para pegar fogo é rapidinho, mas têm dias...rs que eu posso esfregar até cansar a lâmpada mágica que num vai sair gÊnio nenhum...hehehe
    É isso...boa noite.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Livro "Vaginismo, quem cala, nem sempre consente"

      Tava passeando pela internet e vi um livro da terapeuta sexual Fátima Protti "Vaginismo, quem cala, nem sempre consente...!!! que me chamou atençao. A sinopse diz que no livro relatam as inúmeras causas da disfunção e formas cientificamente provadas e práticas para vencer o problema. Aqui nesse link você pode ler o primeiro capítulo e ver se gosta do tipo de abordagem, da linguagem. De repente pode ser um aliado a mais na nossa luta. Alguém já leu? Indica a leitura? Bem...vou ver se compro ele no decorrer da semana e passo pra vcs se é bom ou não, se ajuda ou não...rs

     bjus

Dia 01

     Olá,

     Continuo com os exercícios de dessensibilização, mas achei que hoje estava preparada para introduzir um cotonete...consegui!!! depois de uma terceira, quarta tentativa...rs Consegui colocar até a metade, e como eu já estava começando a ficar exausta, parei por aê mesmo. Talvez eu fique mais uns dois dias fazendo exercícios com o cotonete, até sentir que ele não é mais incomodo. A questão não se resume em conseguir introduzir, mas em não sentir incomodos, "gasturas", "choquinhos", cócegas...sei lá...o objetivo é introduzir e fazer - tranquilamente - movimentos de vai e vem.

    Bem é isso...bjus e boa semana a todas (se é que alguém ler meu diário...rs)

domingo, 25 de março de 2012

OS EXERCÍCIOS

     Bem, como havia dito ano passado em uma visita com o ginecologista, detectamos o vaginismo. Saí de lá com um "dever para casa": Conhecer meu corpo, me olhar no espelho, tentar me tocar e tal... Pois bem, foi o que fiz, no início foi tudo muito difícil, tudo era muito sensível, a impressão que eu tinha é que só de abrir minha vagina "doía". Dia após dia, fui evoluindo. Primeiro tentei um cotonete (que sofrimentooo) e alívio quando consegui colocar lá dentro; depois de algumas semanas, consegui colocar um objeto da espessura de uma marca texto (nunca todo). Estava tão feliz com isso, com essa evolução, mas acabei parando para fazer minha monografia e a prova da OAB (tirei 10 na minha monografia e passei na OAB...heheheh).
     Passado esse momento agitado na minha vida, fiz a besteira de não voltar com os exercícios, os dias foram passando, os meses, e cá estou eu, em Março de 2012, começando do zero. Digo isso, porque estou na fase de colocar o cotonete e confesso que ainda não consegui colocar todo. Eu sinto uma gastura, uma sensação muito incomoda, mesmo com gel (KY). Mas ao mesmo tempo, os exercícios não têm sido tão maçantes como daquela primeira vez q tentei (ano passado).
     Antes de tentar introduzir algo, meu foco é a dessensibilização, relaxamento. Acreditam que até friccionar os pequenos lábios no começo era difícil??? E agora descobri o quanto é prazeroso...rsrs antes eu só me mastubarva friccionando o clitóris...unicamenteeee...
     Bom é isso, eu acho que pra quem tá começando e recomeçando, penso que antes de tentar introduzir alguma coisa, deve trabalhar a questão da desenssibilização nos pequenos lábios, por cima do hímen e por aí vai...
     Sou concurseira e minha vida tá uma correria só, mas decidi que esse ano, a minha cura do vaginismo está em primeiro lugar. Não adianta eu ter uma vida profissional bem sucedida, se emocionalmente (sexualmente...rs) eu tenho uma barreira, e que esta barreira não é física, ela é fruto da minha cabeça. Não! Eu não aceito mais isso. Eu me recuso a ser OPRIMIDA.

     Boa sorte pra nós.

sábado, 24 de março de 2012

O INÍCIO

     Se alguém me conhecer hje, conhecerá uma mulher alegre, engraçada. Sempre me destacando pela inteligência e pela facilidade de fazer amizades. Mas nínguém conhecia qdo chegava em ksa, aí só meu travesseiro...rs  Isso msm, chorava sempre, quase entrei em depressão profunda. E por quê? Pelos fantasmas do passado que me acompanhava, e confesso que até hje, insistem em me pertubar, mas a minha mentalidade mudou, isso faz toda a diferença.
     Qdo era criança, entre 08 e 11 anos,  fui abusada sexualmente por dois namorados da minha mãe e por um vizinho...isso msm. Alguém (se é que alguém está lendo isso aqui...rs) deve ficar de olho arregalado e se perguntando: Mas vc nunca disse isso pra ninguém? Como assim dois namorados da sua mãe? Que tipo de mãe é essa???
     Minha mãe, coitada, era prostituta, quem iria respeitar ela? Meu pai foi embora da cidade qdo eu tinha 02 anos de idade, nunca chegou a assumir nada com minha mãe, e até hoje, nunca o conheci, mas pra mim tanto faz. Porém, qro deixar bem claro, amo minha mãe e tudo que faço é pensando nela. Nunca culpei-a pelo acontecido comigo, ela é tão vítima quanto eu... penso assim. Ela é a pessoa mais incrível que conheço, a despeito do que foi no passado, sempre foi honesta e nunca nos escondeu nada (eu e minha irmã).
     Continuando... nessa idade, embora estivesse em uma igreja evangélica, não via nada de errado com o que eles (molestadores) faziam comigo, nunca tentaram penetração, mas lembro que passavam o dedo, passavam o pênis na minha vagina, pediam pra eu colocar na boca. Levavam-me pra andar de bicicleta e durante o passeio, passavam o dedo nas minhas partes intímas, e em recompensa, me davam bombom, chiclete, picolé...
     Quando comecei a entender as coisas e não deixei mais fazer isso comigo, não tive coragem de contar pra minha mãe, até porque isso já tinha acontecido várias vezes, como agora eu contaria isso pra ela? Fiquei com medo de apanhar, até porque isso era errado, era pecado...
     Na adolescência tive uma "média" depressão, vivia pedindo perdão a Deus pelo acontecido, porque eu tinha deixado eles me tocarem daquela forma, e o pior de tudo, eu gostava. Não namorei nessa fase.
     Na juventude, era convicta que casaria virgem, mas esta convicção passou...rs Tive vários rolos bem passageiros, porque na hora do "vamos ver" eu fugia. Não sei de onde, surgiu um medo muito grande de ser penetrada, da dor, de ser rasgada... era horrível.  Até hoje sofro com isso, nunca namorei sério. No momento, na horas dos amassos, eu acho maravilhoso, mas qdo a pessoa pede pra eu abrir as pernas...ahhhh começa a "novela", eu não deixo nem entrar na "portinha"... e aí o cara tá lá todo todo, zanga comigo pensando que estou com frescura...já sabem como termina a noite né???
     Depois da consulta que fiz ano passado, já evoluí bastante, antes eu não conseguia nem assistir um vídeo pornô, ver o cara lá metendo o pênis, dedo na vagina...meu dels... pra mim a mulher tava sentindo muitas dores, ele tava machucando ela...rsrs (qta ignorancia).
      Bom, o post tá longo, mas e hje? Voltei com meus exercicios de dilatação, de dessensibilização...tou tendo uma gradativa melhora. Ainda não consegui colocar alguma coisa de forma completa. Mas esse ano, decidi buscar a cura, ano passado por conta da monografia, OAB, chegava mto cansada em casa e esses são exercícios que vc deve fazer diariamente. Esse ano é o ano da minha vitória, eu creio!